Diretoria insinua segregação

INTERCEL REAFIRMA LUTA PELA DISTRIBUIÇÃO 100% LINEAR DA PLR

Nesta quinta-feira, dia 22, os sindicatos que compõem a Intercel estiveram reunidos com a Diretoria de Gestão Corporativa para iniciar a negociação da Participação nos Lucros e Resultados 2024 dos trabalhadores da Celesc. Em dezembro do último ano os sindicatos encaminharam uma proposta, mas até então a Diretoria não havia sequer respondido, seja com contraproposta ou sugestão de data para o debate.

A proposta dos sindicatos apresenta o reajuste pela inflação dos valores referentes à parcela base, o aumento da multiplicação de 45 para 50% na parcela adicional (referente aos acordos de desempenho das regionais e dos departamentos), bem como o aumento da parcela lucro de 1 para 5% do lucro líquido a ser distribuído de forma linear aos empregados. A proposta ainda apresenta a histórica reivindicação pela distribuição 100% linear da PLR, reafirmando que todos os trabalhadores são parte fundamental da produção do lucro e do alcance dos resultados da empresa.

A Diretoria de Gestão fez uma apresentação do histórico da PLR, desde suas origens como abono de fechamento de acordo até a sua transformação em Participação nos Lucros e a evolução das conquistas até os dias de hoje. No livro Eletricitários Catarinenses: a Trajetória de 40 Anos do Contrato Coletivo de Trabalho na Celesc, um relato dos primórdios da PLR, ainda como abono, é registrado pelo ex-Representante dos Empregados no Conselho de Administração, Arno Cugnier: “esses benefícios existem desde 1964, porque essas cláusulas vêm de empresas distintas, que foram incorporadas ao longo desses anos, em uma tentativa de equiparar os empregados de todas as empresas”. Ou seja, a essência da PLR é a união dos eletricitários e existe desde a constituição da Celesc. A apresentação foi importante para consolidar que o histórico da PLR dos celesquianos é o histórico da luta dos sindicatos da Intercel, afinal de contas, o direito dos trabalhadores foi estabelecido através de negociações e mobilizações organizadas pelos sindicatos majoritários.

Dentro deste contexto, é absurda a sinalização da Diretoria para uma segregação dos montantes da PLR por divergências com outras entidades sindicais, principalmente na questão da distribuição linear. A Intercel reafirmou que não aceitará qualquer rebaixamento da PLR dos trabalhadores, cobrando da Diretoria avanços na proposta e o reconhecimento de que todos os trabalhadores, independentemente de cargo, são essenciais e merecem tratamento igualitário. Ao término do debate, acordou-se que a Diretoria retornará até a próxima quarta-feira, dia 28, agendando nova rodada de negociação.

INTERCEL COBRA AVANÇOS NA POLÍTICA DE DIÁRIAS

Desde o início do último ano os sindicatos que compõem a Intercel tem cobrado a revisão das alterações impostas pela Diretoria da Celesc no pagamento de diárias aos empregados que precisam viajar a trabalho. Desde a mudança, os trabalhadores tem denunciado dificuldades em realizar as reservas de hospedagem, relatando condições que impõem desgastes e dificuldades à execução dos trabalhos. Além disso, o valor referente à alimentação é insuficiente para que os trabalhadores possam se alimentar com qualidade. Apesar do tema ter sido pauta frequente das reuniões da Comissão de Recursos Humanos, a Diretoria da empresa tem tratado com descaso as reivindicações dos trabalhadores, demonstrando que não respeita os empregados e suas necessidades, principalmente nas atividades operacionais.

Novamente a Intercel apresentou relatos da categoria de problemas com as hospedagens e a necessidade de avançar em um valor que permita aos trabalhadores se alimentarem sem que, para isso, precisem arcar com dinheiro de seu próprio bolso.

À época da mudança, a Diretoria afirmou que buscava dar melhor qualidade de vida aos trabalhadores, mas a realidade é completamente oposta: atualmente, além de ficarem à mercê de uma empresa que não consegue atender a gestão das reservas e hospedagens, os trabalhadores devem escolher entre se alimentar, gastando mais do que o valor disponível, ou se adequar aos insuficientes valores, pagando com sua própria saúde a negligência da Diretoria da Celesc.

Depois de várias argumentações que não saíram do lugar, a Diretoria se comprometeu a encaminhar uma resposta às reivindicações dos celesquianos até a próxima quarta-feira.

Os sindicatos deixaram claro à Diretoria de Gestão que, não havendo avanços que reflitam na valorização dos trabalhadores, a categoria reagirá com uma mobilização frente ao descaso com a qualidade de vida, saúde e segurança que a Diretoria tem demonstrado na questão das diárias.

GT DO PCD INICIARÁ NEGOCIAÇÃO

O último ponto da reunião foi o Auxílio Empregado com Deficiência ou com dependente com deficiência.

No ACT 2022/23 foi contratado um Grupo de Trabalho para debater a extensão do benefício a todos os tipos de deficiências. O GT foi concluído há vários meses e não foi dado nunhum encaminhamento pela Diretoria. Na reunião, os sindicatos reafirmaram que, atualmente, a Diretoria descumpre o ACT ao limitar, através de normativa, os direitos estabelecidos no caput da cláusula.

As entidades cobraram avanços na negociação, o que evitaria uma demanda judicial. A Diretoria agendará nova rodada de negociação sobre o assunto.

“A essência da PLR é a união dos eletricitários e existe desde a constituição da Celesc. A apresentação foi importante para consolidar que o histórico da PLR dos celesquianos é o histórico da luta dos sindicatos da Intercel, afinal de contas, o direito dos trabalhadores foi estabelecido através de negociações e mobilizações organizadas pelos sindicatos majoritários.”

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