Tribuna Livre: Pilar do desrespeito com os celesquianos

Por Jair Maurino Fonseca, diretor do Sindinorte e ex-Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc

O pilar da gestão Moisés na Celesc foi o desrespeito com os trabalhadores.

Infelizmente, mesmo após a mudança de governo e a quase completa troca de Diretoria na Celesc, a reunião da Comissão de Recursos Humanos (CRH), ocorrida nesta segunda-feira, dia 03, demonstrou que o desrespeito segue sendo o principal pilar da relação com os trabalhadores.

Na reunião com o Presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, logo após sua posse, os sindicatos da Intercel cobraram uma mudança radical na interlocução da Diretoria de Gestão.

Era de se esperar que um governo que tenta se distanciar da gestão Moisés orientasse seus representantes na Diretoria a ter bom senso e disposição ao diálogo. Entretanto, a postura da Diretora de Gestão na reunião parece guardar alguns vícios da gestão truculenta da última administração.

A discussão sobre a mudança na forma das diárias evidencia a postura centralizadora e a visão autoritária que foi marca registrada dos anos Cleicio na Celesc. As notícias de mudanças na forma e valores de pagamento de diárias foram mal conduzidas pela empresa e os boatos tomaram conta.

Sem nem divulgar a proposta completa, a Diretoria informou que a mudança ocorreria já no mês de abril, fazendo com que os trabalhadores procurassem os sindicatos.

Mais do que a desinformação gerada pela incompetência na divulgação, a postura da Diretoria nesta CRH traz evidente descasamento com a realidade, uma vez que os valores propostos são inferiores ao necessário à alimentação dos trabalhadores fora do domicílio. Pior que a proposta, só a intransigência em rever sua aplicação, o que deveria ser básico, uma vez que não foi oportunizado aos trabalhadores debaterem e sugerirem, com base na sua real necessidade, vivenciada no dia a dia de trabalho.

Com a sumária recusa da Diretoria em postergar a aplicação e aprofundar o debate, a Administração gera o primeiro problema da gestão Jorginho, que vai começando a ter a mesma cara da gestão Moisés. Será essa a Celesc mais forte e mais eficiente que o Presidente afirmou querer construir?

Construir uma nova Celesc a partir de estruturas condenadas deixadas por Moisés e Cleicio parece impossível, dada a postura da DGC. Aparentemente, para construir a Celesc Pública, mais forte e mais eficiente, o pilar da gestão Moisés não pode fazer parte dessa obra.

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