Tribuna Livre: Desabafo!

Por Silvana Silva Arruda, trabalhadora da Celesc na Regional de Lages

Mais do que nunca, vivemos hoje momentos tão dantescos como nunca imaginamos ver.

Intempéries de toda sorte assolam nosso estado com uma regularidade nunca vista, ao passo que o progresso e o desenvolvimento, aliados ao conhecimento ímpar de que atualmente dispõe nossa população, requerem da empresa uma postura atuante, resoluta, eficiente e mais que isso: ágil, competente.

De fato, fazer jus à missão que nos propomos de oferecer energia de qualidade ao povo catarinense exige muita dedicação, compromisso, responsabilidade.

Por outro lado, a Celesc, como tantas outras empresas, constitui-se histórica e diariamente a muitas mãos, muitos braços, muita força e energia. Ela constrói-se palmo a palmo em cada metro de rede construída, em cada Kw de energia transmitida, em cada lar iluminado. Ela se fortalece através do empenho de seus trabalhadores que atuam firmes no alcance das metas e propósitos almejados.

Mas esses trabalhadores precisam de cuidado, de atenção. Para além de questões financeiras, o que está em risco, diariamente, é a VIDA.

Vida que transcende um registro no Instituto de Previdência Social, um número a mais num índice de eventos fúnebres. Vida que, independentemente, se da força de trabalho direta ou indireta, é única e imprescindível, para uma família, um pai, um filho, uma mãe…

Entes esses que não estão interessados na quantidade de horas de treinamento, na garantia do material utilizado, mas sim, no retorno do ser que amam. Daquele, o qual nenhum movimento ou nota de pesar poderá substituir.

Então, mais do que nunca, apesar das inúmeras ditas “iniciativas tomadas” é momento de parar, refletir, de não sobrecarregar os que trabalham com a nociva justificativa de que rubricas a mais em folha poderão levar qualidade de vida, porque não haverá nada que reste se ela for interrompida.

Urge a revisão dos quadros de dotação da empresa para ampliar sua força de trabalho e não penalizar nenhum dos lados: nem aqueles que dependem da energia – recurso tão fundamental –, nem aqueles que encontram nela a principal matéria-prima de seu ofício e da construção de não apenas redes, mas de sua própria história.

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