Retrospectiva: 2023 teve luta e resistência do início ao fim!

A categoria eletricitária em Santa Catarina lutou bravamente em 2023. Com um cenário político nacional mais favorável para a classe trabalhadora – comparado ao governo anterior, que trazia ataques a todo momento -, ainda assim, foi necessário lutar para manter e conquistar direitos.

Na Celesc, por exemplo, os avanços foram compatíveis com a disposição de luta da categoria:

  • a gratificação diferenciada de férias foi conquistada a todos, novamente quebrando a lógica da direção da empresa de dividir trabalhadores entre ‘novos’ e ‘antigos’;
  • a alternativa ao Plano de Saúde, mais barata e acessível, também foi alcançada após uma série de mobilizações de celesquianas e celesquianos;
  • a mudança da lógica da distribuição da PLR também foi um avanço, fruto da sinergia entre Sindicatos e trabalhadores: finalmente quem dá seu suor diário para levar energia de qualidade à população catarinense terá uma participação sobre o lucro líquido da Celesc;
  • ainda sobre a PLR, um recurso da Intercel foi responsável por rever indicadores de 2022 e colocar mais dinheiro no bolso da categoria.

Muitos se questionam se realmente vale a pena paralisar e ter o desconto de um dia de trabalho na folha de pagamento: todas essas conquistas são frutos de paralisações e mobilizações convocadas pelos Sindicatos da Intercel. Prova de que a união da classe trabalhadora realmente faz a força. A útima mobilização, realizada em 14 de dezembro, levou mais de trezentos celesquianos/as de todo o estado para a Administração Central e Assembleia Legislativa: a motivação não era financeira. A categoria queria, sim, que a Celesc destinasse recursos adequados para contratação de mão-de-obra própria e investimentos necessários para manter a qualidade dos serviços prestados à população.

Na CGT Eletrosul, por sua vez, muitas mudanças ocorreram em 2023. A privatização deixou traumas e desligou companheiros históricos de luta. Os que ficaram, contudo, seguem com disposição para brigar pela reestatização e retomada do controle acionário da empresa pelo governo federal – legítimo representante do povo brasileiro. A luta seguirá em 2024 para que a Eletrobras seja comandada por quem defende, de fato, a soberania nacional.

Na Engie e na Cerej, eletricitárias e eletricitários também participaram ativamente das assembleias e dos momentos de contribuição e construção das respectivas Pautas de Reivindicações – na Cerej, inclusive, com pequenos avanços em 2023, que precisam aumentar em 2024, como forma de reconhecimento da dedicação de trabalhadoras e trabalhadores.

O desejo dos Sindicatos que compõem Intercel e Intersul é que 2024 seja mais leve.

Mas é certo que as lutas não cessarão. E para que, ao final do ano, a edição especial de Retrospectiva 2024 tenha muitas conquistas históricas, a categoria eletricitária novamente precisará participar do processo de mobilização. Sindicato nenhum consegue avanços sem participação da categoria. Que esta seja a tônica do novo ano que inicia: unidade, luta e consciência de classe.

Viva a classe trabalhadora! Um feliz Natal e um Ano Novo iluminado a todes!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.