#PRIVATIZARFAZMALAOBRASIL: Privatiza… que piora!

Estados brasileiros com concessionárias de energia privatizadas sofrem com apagões reiterados e demora para restabelecimento da luz

“Enel é caso de polícia e Tarcísio precisa jogar pesado” (Ronaldo Caiado, governador de Goiás, 7/11/23).

“A gente não pode ter uma empresa que a cada chuva deixa o paulistano na mão. São eventos climáticos que acontecem, a gente não vê uma preparação da empresa, não houve cuidado devido da manutenção” (Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, 16/01/24).

“A empresa precisa, além de garantir o atendimento, também se relacionar adequadamente (…) Nós temos a expectativa de que a empresa mude sua postura e se não fizer isso ao longo do tempo, ela pode enfrentar um processo de retirada da sua concessão” (Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, 17/01/24).

Todas as falas que abrem essa matéria foram feitas nos útimos meses por governadores de partidos que defendem as privatizações, que apoiaram as privatizações das concessionárias de energia em seus estados e que estão pagando hoje as consequências da transferência para a iniciativa privada de um bem tão importante que é a energia elétrica.

O governador Caiado, inclusive, já foi personagem de outra matéria no Linha Viva, em novembro de 2023. Ele afirmou ao jornal O Estado de São Paulo naquele mesmo mês que “na distribuição de energia, (a privatização) não conseguiu, em nenhum estado, atender à demanda e ao consumo, muito menos à expansão solicitada”. Caiado já foi defensor das privatizações.

Problemas graves em concessionárias que foram privatizadas também ocorrem no Rio de Janeiro (onde Light e Enel são duramente criticadas pela demora em restabelecer a energia), no Amazonas (que tem risco de caducidade do contrato da Amazonas Energia, empresa que apresenta dívidas bilionárias) – estado que o atual presidente da Celesc conhece bem – e também em Mato Grosso (onde a Energisa deixou cidades no escuro em setembro por causa do “calor”).

Em comum, todas as empresas fizeram dispensas em massa de empregados experientes nos últimos anos para contratar técnicos e nos experientes com salários menores (foco no lucro dos acionistas), terceirizaram atividades, precarizaram os serviços e demoram dias para restabelecer a energia a seus consumidores. É o estado mínimo mostrando sua verdadeira face: o atraso, o descaso e a falta de respeito com a população brasileira.

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