O velho oeste catarinense: Celesc é terra sem leis trabalhistas?!

Sindicato seguirá lutando até que a justiça, de fato, seja cumprida No coração do Oeste catarinense, onde as paisagens rurais se estendem como horizontes inexplorados, uma analogia intrigante ao Velho Oeste americano se desenha. Nesta terra, a Celesc, em vez de trilhar o caminho da justiça e isonomia, age como os bandoleiros que uma vez vagaram pelas vastas planícies do Oeste americano.

Assim como os antigos xerifes mantinham a ordem nas cidades fronteiriças, os acordos coletivos de trabalho deveriam proteger os direitos dos trabalhadores. No entanto, neste cenário, folgas são suprimidas com alterações de escalas, com o pretexto de não pagar horas extras, com a simples ideia de fazer mais com menos, indo contra os acordos coletivos que deveriam ser sagrados. É como se os trabalhadores fossem reféns de rancheiros do Velho Oeste, que impondo suas regras arbitrárias, esquecem das normas e leis que regem a justiça do trabalho.

O Velho Oeste americano era conhecido por longas jornadas de viagem e perigosos deslocamentos. Aqui, no Oeste catarinense, a Celesc parece ignorar completamente a lei que exige o pagamento justo pelas horas de viagem e deslocamento. Como os bandoleiros que demandavam seu tributo nas “saloons”, a Celesc se recusa a pagar horas extras no deslocamento para realização de treinamentos na capital.

Além disso, o assédio de alguns gerentes aos trabalhadores é uma sombra sinistra que paira sobre essa paisagem. A imposição de horas a serem compensadas durante o deslocamento em viagens fere inexplicavelmente o ACT vigente. Vale lembrar que o interesse de optar por compensar horas deve partir do trabalhador e jamais deverá ser imposto pela Celesc. Isso faz lembrar de uma tática digna de vilões de filmes do Velho Oeste, em que o trabalhador é pressionado a ceder sob a ameaça de perder a oportunidade de realizar um treinamento e assim ampliar o seu conhecimento.

Essa terra não é e nunca será uma terra sem leis. A Celesc pode até querer confundir com histórias de faroeste americano ou historinhas de bang bang de gibis que são vendidos em bancas de jornais, agindo algumas vezes à revelia da lei, desafiando as normas e regulamentos que protegem os direitos dos trabalhadores. Porém, é hora de trazer justiça a essa terra, onde os trabalhadores não devem ser forçados a trilhar os caminhos áridos da injustiça.

Somos sabedores dos nossos deveres, mas precisamos a todo o momento lembrar a Celesc dos nossos direitos. É necessário também deixar bem claro que, no Velho Oeste catarinense, tem Sindicato; no Velho Oeste catarinense, somos sindicalizados, pois aqui não é terra de caubóis, nem de mocinhos nem bandidos. Nesta terra, queremos continuar trabalhando com dignidade e que nossos direitos não sejam renegados. Nesta terra, somos civilizados. Aqui acreditamos na justiça e na defesa dos trabalhadores.

“É hora de trazer justiça a essa terra, onde os trabalhadores não devem ser forçados a trilhar os caminhos áridos da injustiça.”

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