Mais um acidente de trabalho envolve empregado de terceirizada da Celesc

Sindicatos da Intercel cobram por mais segurança há anos

Mais um acidente de trabalho envolvendo empregado de empresa terceirizada que presta serviços para a Celesc aconteceu no últimofinal de semana. O fato ocorreu na cidade de Navegantes, na Regional de Itajaí.

O trabalho é fator estruturante da construção social e psíquica dos sujeitos, portanto, a relação entre a construção de identidade e o processo de terceirização devem ser compreendidos. A conversa e o atendimento aos trabalhadores terceirizados apresentam um cenário de precarização associado à vulnerabilidade da saúde e segurança dos trabalhadores, impactando diretamente na fragilização de sua identidade social.

O trabalhador eletricitário terceirizado é aquele que substitui o trabalhador do quadro próprio, mas em piores condições e sem o devido reconhecimento. É comum a troca de empresa terceirizada ao fim do contrato por outra, mantendo os mesmos trabalhadores, porém com o aumento da precarização, com menores salários, por exemplo, fazendo que o trabalhador aceite uma quantidade maior de horas trabalhadas, muitas vezes sem o descanso semanal e recebendo as horas extras por fora do salário, assim não incidindo nas verbas trabalhistas e encargos.

Na ausência das condições básicas de saúde e segurança, os trabalhadores eletricitários terceirizados encontram-se expostos a riscos e fragilizados socialmente. Quando a empresa contratante, e aqui vamos falar da Celesc, não segue o mínimo de sua responsabilidade, que é a fiscalização, e aceita interferências gerenciais na execução de serviços passando todas as normativas e legislações vigentes, só podemos chegar a um índice tão alto de mortes e mutilações.

O ordenador primário tem que ser responsabilizado civil e criminalmente, pois vem dele as orientações e interferências para que não sejam aplicadas aos responsáveis o Código de Ética e a Política de Consequências. A Celesc, no cenário estadual e nacional, é uma vergonha na política de saúde e segurança, e com certeza os Sindicatos que compõem a Intercel e o Ministério Público do Trabalho – MPT estão fazendo o trabalho necessário para alertar os trabalhadores, sejam eles próprios ou terceirizados.

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