Casan pública: Sintaema contesta proposta de privatização do esgoto no Sul da Ilha de SC

Sindicato da categoria de trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente questiona decisão do prefeito de Florianópolis

Em vídeo divulgado na quinta-feira da semana passada, dia 19, o prefeito de Florianópolis, Topazio Neto (PSD) afirma ter suposto aval do governador Jorginho Mello (PL) para licitar e contratar uma empresa privada para implantar e operar o esgoto no sul da Ilha de Santa Catarina.

O estranho dessa notícia, de acordo com o Sintaema (Sindicato que representa trabalhadoras e trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de SC) é que a Casan tem projeto em andamento para isso em fase de contratação de empreiteira para execução final da obra, que inclusive, já foi executada parcialmente com investimentos de aproximadamente 70 milhões de reais.

Desta forma, o Sintaema questiona se governo e seus indicados na direção da Casan não têm se falado. Ou se o governo está declarando deixar a Casan de lado. Ou, então, se a direção da Casan, após quase um ano de gestão onde nada de relevante foi iniciado, abriria mão da execução de obra essencial à capital do estado e à arrecadação da companhia? “Estariam a declarar sua incompetência como gestores ou apenas dirão amém para utilização da Casan em negociatas em torno de apoios eleitorais?”, questiona o Sintaema.

INTERESSES ESCUSOS?

É sabido que há muitos interesses envolvidos nesses casos, vide operação Mensageiro, que já prendeu diversos prefeitos de Santa Catarina envolvidos em esquemas de corrupção por concessões irregulares de coleta de lixo e saneamento e, diferentemente do que diz o prefeito de Florianópolis, o Sintaema afirma que não são os interesses dos cidadãos que estão sendo considerados: “há pessoas e empresas envolvidas rondando e esperando para dar o bote”.

O Sindicato afirma que “não de hoje se observa a complacência entre governantes municipais com o setor privado, como ocorre com a Habitasul, por exemplo, que opera irregularmente o saneamento de um bairro nobre do norte da ilha. Quem vai pagar a conta será o cidadão, que pagará uma tarifa bem maior que a atual”.

Por fim, em nota, o Sintaema alega que a sociedade merece respeito e cabe ao governo do estado assegurar que a empresa detentora da concessão no município realize os investimentos necessários e exigir da prefeitura respeito ao contrato existente, seja com recursos próprios ou com parcerias possíveis. Qualquer coisa em contrário, é negociata e preparação de terreno para descumprimento de compromissos assumidos na campanha, afirma o Sindicato.

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