Tribuna Livre: Não temos um minuto de paz!

Por Moacir Antônio Haboski, jornalista (matrícula 5510/SC), dirigente do STIEEL e trabalhador da Celesc

Não temos um minuto de paz. Frase velha, bem atual. Nem terminou o tiroteio e lá vem as bombas. Principalmente quando se trata da vida e luta de trabalhadores/as no sistema capitalista (bem mais selvagem, abutre, carniceiro) na contemporaneidade.

Passadas as eleições deste ano, a vitória do presidente Lula pretende dar um pouco de alento, fôlego à classe trabalhadora, aos pobres, às minorias, desamparados. Ao menos na questão da saúde, educação, alimentação, meio ambiente, ciência, direitos sociais e talvez, talvez, algum avanço em algo. Digo talvez, porque para o Congresso Nacional (hoje, poder mais dominante) foi eleita a maior bancada de representantes intolerantes, agressivos, negacionistas, interesseiros – sem pudores – que se tem notícias. Logo, serão tempos bem difíceis neste horizonte.

Com esta realidade posta às retinas, somam-se, a crescente ascensão de células nazifascistas à brasileira; uma extrema direita disposta a matar ou morrer para manter suas pretensões de poder acima do Estado; uma grande parte do Judiciário e forças de segurança acovardados ou pior: parceiros/incentivadores e ou até autores de ideias golpistas (exemplo: fala do ministro do Tribunal de Contas da União – Augusto Nardes [min-an@tcu.gov.br]); milhões de pobres, com mentes bitoladas, defendendo a supremacia feudal da elite; “interesses externos”, que continuarão a incentivar/criar/propagar convulsões sociais por aqui, para degradar ainda mais a nossa frágil democracia e, assim usurpar o pouco que nos resta de riquezas; além daqueles seres perversos que, fazem/rão de tudo e mais pouco, para criar/manter o caos (do quanto pior melhor), por pura maldade contra seus próximos, por mágoas ou inveja, da felicidade ou do brilho alheio.

Criar leis e projetos para beneficiar/atender os andares de baixo, das classes sociais, será um milagre. Manter o que ainda não foi destruído de direitos sociais, já será uma vitória.

Mais do que sempre, a consciência de classe e a união para o bem comum, do povo trabalhador, precisa estar no cardápio do seu dia-a-dia. É impensável não estarem unidos, vigilantes e abraçados na causa/luta coletiva. A luta não pode parar.

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