Trabalhadores da CEREJ pedindo demissão em plena crise de emprego?

Trabalhadores da CEREJ há muito tempo reivindicam através das pautas de negociações de ACTs a implantação do Plano de Cargos e Salários – PCS. A ideia é que o Plano reconheça o esforço de cada trabalhador que, mesmo após oito horas de trabalho diários, abdicam de seu tempo junto a suas famílias para se aperfeiçoarem em cursos de qualificação técnica de suas áreas de atuação.

Após muita insistência de trabalhadores e do Sinergia em mesa de negociação destacando a importância da cláusula aos trabalhadores e os benefícios para a empresa, a CEREJ formalizou um calendário com etapas do processo, com previsão de implantação do PCS em 2018. Para surpresa de todos, em dezembro de 2018 a CEREJ comunicou ao sindicato que não iria mais implantar o PCS, alegando motivos financeiros.

A decisão da Direção da CEREJ veio como um balde de água fria sobre os trabalhadores, pois criaram expectativa sobre o assunto. O Sinergia tem alertado sistematicamente que a política de RH praticada na CEREJ é, na verdade, um grande gerador de conflitos internos e que mais desmotiva do que motiva trabalhadores.

Este ano, além da tentativa de cortar cláusulas históricas do ACT, das oito cláusulas novas reivindicadas pela categoria, a CEREJ negou a contratação das oito. Infelizmente, os argumentos do sindicato, que tem a intenção de valorizar o esforço dos trabalhadores e melhorar o clima organizacional na empresa, não foram ouvidos.

E agora, o que já era de se esperar, o Sinergia homologou a rescisão de contrato de trabalho de empregado altamente qualificado, que solicitou a demissão pois não aguentava mais o clima e por ter encontrado outra proposta de emprego com salário superior ao que recebia na CEREJ.

Outra constatação é que o Sinergia tem sido procurado por número significativo de empregados totalmente desestimulados, manifestando a intenção de pedirem demissão da empresa, pois não veem perspectivas a curto e longo prazo em sua vida profissional na empresa.

O Sinergia alerta à Direção da CEREJ que, mesmo tarde, ainda é tempo de corrigir erros de gestão, antes que a Cooperativa perca ainda mais empregados qualificados e altamente comprometidos com seu trabalho.

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