Plano de Saúde: retomada das negociações

Em mesa de negociação, sindicatos da Intercel buscam maior acessibilidade ao Plano de Saúde, manutenção dos diretos dos empregados ativos e aposentados e condições que garantam sustentabilidade do(s) plano(s)

Nesta terça-feira, dia 10, os sindicatos da Intercel reuniram-se com o diretor Pablo Cupani, a gerente Ana Beatriz Cordioli e o assessor Hilário da Fonseca em rodada de negociação que vinha sendo aguardada há pelo menos três meses, conforme noticiado no Boletim da Intercel 177. A reunião teve como objetivo debater a proposta apresentada pela empresa, quepropôs criar uma nova opção de plano de saúde, mais acessível, mas condicionando tal criação à mudança na forma de custeio, com a intenção de diminuir o passivo atuarial.

Em mesa de negociação, os sindicatos demonstraram insatisfação com o fato da diretoria da Celesc ter enviado vários e-mails à categoria, dando como encerrada a negociação do plano de saúde, quando ainda existiam diversas dúvidas e pontos essenciais não resolvidos em mesa de negociação sobre a funcionalidade do plano.

Importante registrar, de antemão, que os sindicatos da Intercel têm absoluta consciência da importância do assunto para a categoria. A negociação tem a intenção de atender aos anseios dos trabalhadores mais novos, mas também de marcar posição em defesa de direitos já conquistados, razão pela qual todas as variáveis devem ser minuciosamente debatidas pela Intercel. Uma análise prudente e cautelosa de todas as cláusulas propostas, bem como de suas consequências, pretende evitar o pior cenário possível, que seria aquele no qual se busca conquistas para parte da categoria em prejuízo de outra, motivo pelo qual não se deve tratar assunto tão importante de forma afoita e irresponsável.

A proposta debatida ontem é fruto de amplos debates em Grupos de Trabalho e também na CELOS, sendo necessário esclarecer que a criação de uma nova opção de plano de saúde, ideia que a diretoria da CELESC tenta “vender” aos trabalhadores como sua, é, na realidade, resultado das lutas dos sindicatos.

A Intercel reconhece a necessidade de que todos os trabalhadores tenham acesso ao plano e tem buscado meios para que isso ocorra – como exemplo, o subsídio oferecido como incentivo à migração para o Novo Plano, é fruto de sugestão da Intercel dentro do GT que discutiu o passivo atuarial. Justamente por ter participado de discussões nesse sentido, a Intercel é capaz de apontar uma série de problemas na minuta de acordo apresentada, que devem ser superados no processo negocial. Após essa rodada de negociação, é importante apresentar à categoria os pontos que ainda geram dúvidas, bem como os avanços registrados na reunião de ontem.

Primeiramente, é imprescindível que os direitos conquistados, notadamente o direito à paridade contributiva, sejam preservados. A proposta de acordo traz expressamente no texto que toda e qualquer paridade será quitada, caso assinado o acordo.

Um segundo ponto de insegurança está relacionado à sustentabilidade dos Planos, pois a proposta atual prevê que seja constituído um Fundo pela empresa, em razão da mudança na forma de custeio, mas não apresenta garantia de recomposição desse Fundo em caso de déficit. Como ponto de avanço, a empresa esclareceu que os reajustes anuais do Novo Plano serão totalmente subsidiados pela empresa e não sob a nova forma de custeio, o que garante sua sustentabilidade por mais tempo.

Pontos mais periféricos, mas que igualmente demandam atenção, a exemplo das condições de constituição do Fundo, da minuta do regulamento do Plano Novo, da eventual adesão de aposentados no Novo Plano, entre outros, estão sendo debatidos e aguardam retorno da empresa.

Estes foram alguns dos pontos em que houve avanço, mas que agora dependem de uma nova rodada de negociação para o fechamento da proposta que será encaminhada em assembleia. É importante que a categoria continue mobilizada e confiante no trabalho desempenhado pelos sindicatos.

É possível avançar de maneira que o plano de saúde seja sustentável, acessível aos novos trabalhadores e que os empregados que já tenham direito adquirido não o percam. A retomada da negociação deve ser vista como o grande ponto positivo da reunião de ontem. No mais, a possibilidade de êxito depende da devolutiva da diretoria da empresa quanto aos pontos levantados pelos sindicatos.

Nos próximos dias, os sindicatos farão concentrações na base para elucidar eventuais dúvidas da categoria. Participe, informe-se e tire todas as suas dúvidas!

A proposta debatida ontem é fruto de amplos debates em Grupos de Trabalho e também na CELOS, sendo necessário
esclarecer que a criação de uma nova opção de plano de saúde, ideia que a diretoria da CELESC tenta ‘vender’ aos trabalhadores como sua, é, na realidade, resultado das lutas dos sindicatos.

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