Novas manifestações pedem fim das demissões na Eletrobras

Manifestantes projetam pedido nas paredes da antiga sede da empresa

No Pier Mauá, centro do Rio de Janeiro, a direção Eletrobras “comemorou” no dia 16 de junho, 61 anos da empresa e 1 ano da privatização. Em resposta, entidades sindicais e movimentos populares se encaminharam para a porta da festa e fizeram mais um grande protesto. A mobilização fez pedidos bem objetivos: a retomada dos 43% de poder de voto da União na Eletrobras, o fim das demissões e da precarização das condições de trabalho, o fim das transferências forçadas de trabalhadores do centro de serviços compartilhados e a dissolução imediata da diretoria e do conselho da Eletrobras.

As manifestações têm sido recorrentes e o movimento tem subido o tom depois da divulgação de gravação de reunião do Conselho de Administração onde os conselheiros admitem a influência da gestora 3G, de Jorge Paulo Lemann, na composição do Conselho de Administração e no processo de privatização da Eletrobras. Na noite do último domingo, dia 18, os manifestantes fizeram uma projeção de slides nas paredes da antiga sede da Empresa em Botafogo, denunciando mais uma vez a influência exercida na gestão da Eletrobras, por parte dos mesmos sócios que provocaram a crise nas Lojas Americanas.

Os dirigentes sindicais estão sofrendo perseguições, ameaças e outras práticas antissindicais por parte da atual gestão da Eletrobras, mas o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) mantém a disposição para defender o patrimônio público e os reais interesses da sociedade brasileira. Uma sequência de atos e mobilizações estão sendo planejados pelo CNE e pela Intersul em várias áreas das Empresas Eletrobras, inclusive na CGT Eletrosul, onde os trabalhadores resistem às investidas da gestão, como a venda da sede da empresa, no bairro Pantanal, em Florianópolis, sem clareza dos passos seguintes.

Além disso, há a declarada intenção da Eletrobras de encerrar as atividades da Usina Termelétrica de Candiota, com o fechamento da Fase-C, prejudicando não só trabalhadores da empresa no local, mas afetando negativamente uma cadeia de atividades econômicas ligadas ao carvão, que fomenta o desenvolvimento de toda uma região. Em Candiota, também estão previstos protestos no dia 26 de junho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.