Era mentira: governo encaminha privatização da Eletrobras

Bolsonaro, que em campanha prometeu não privatizar Eletrobras, encaminha venda da estatal

Não há mais dúvidas de que a indústria das fake news e o uso profissional das redes sociais levaram Jair Bolsonaro à presidência. Até hoje, se proliferam nas redes vídeos como os que aparecem nas imagens deste post, onde, durante a campanha, o atual presidente mentiu a todo povo brasileiro, inclusive aos eletricitários, caracterizando um dos maiores estelionatos eleitorais da história.

Depois de prometer e mentir descaradamente ser absolutamente contra a privatização das empresas estratégicas e afirmar que as empresas de transmissão e geração de energia, em seu governo, não seriam entregues para o capital estrangeiro, muito menos para estatais como as chinesas, Bolsonaro acaba de enviar ao Congresso Nacional seu projeto de lei que privatiza a Eletrobras.

Pelo texto, que tem de passar agora pelo Congresso, a União ficaria com uma participação de cerca de 40% do capital, perdendo o controle da operação, depois de um processo de capitalização da empresa. Com essa medida, o governo prevê arrecadar míseros R$ 16,2 bilhões. O lucro registrado da Eletrobras, apenas no primeiro semestre, foi  de R$ 5,5 bilhões. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, depois da privatização, o governo também não terá poder de veto na empresa, por meio da chamada golden share.

Com o projeto, a energia das usinas antigas, hoje no regime de cotas, poderá ser vendida a preços de mercado. Esse é o chamado processo de “descotização”. O regime de cotas foi criado em 2013 e estabeleceu que a energia produzida por uma parte das usinas da estatal seria vendida aos consumidores a valores mais baixos que os de mercado. A partir da descotização, a energia poderá voltar a ser vendida a preço de mercado, o que obviamente aumentará o custo da energia para toda a população.

É mais um “tiro” do presidente que fazia “arminhas” com as mãos durante a campanha e desfere agora outro golpe contra o povo brasileiro, e contra a soberania nacional. Resta a sociedade organizada e aos eletricitários, enganados pelo presidente, manter a luta contra a privatização e tentar derrotar o projeto no Congresso Nacional.

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