Desmonte do setor elétrico

Já são 4 distribuidoras da Eletrobras vendidas em leilão

A primeira distribuidora a ser vendida foi a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), em leilão realizado no dia 26 de julho. A Cepisa foi adquirida pela única proponente, a Equatorial Energia S.A.

Na última quinta-feira (30/08), outras três empresas distribuidoras da Eletrobras foram vendidas em leilão. Novamente não houve concorrência e cada venda obteve apenas uma propos­ta de compra. A Energisa arrematou a Companhia de Eletricidade do Acre (Ele­troacre) a Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron). O Consórcio Oliveira Ener­gia comprou a Boa Vista Energia – distribuidora de energia em Roraima.

Após uma longa queda de braço entre trabalhadores e governo, com forte atuação das entidades sindicais que compõem o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), com pressão no Congresso, nas ruas e ações na Justiça, que adiaram a venda das distribuidoras por mais de 1 ano, a sanha privatizante do governo federal conseguiu entregar mais uma parte do patrimônio brasileiro.

Em dois anos, a partir do golpe que destituiu Dilma Rousseff, empresas estrangeiras já compram mais de R$ 80 bi em ativos do setor elétrico nacional e estiveram envolvidas em 95% das operações de fusões no setor, sendo as principais com­pradoras de ativos de geração, transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A venda das empresas da Eletrobras contraria a proibição de privatizar es­tatais sem autorização do Congresso, conforme liminar do Ministro Ricardo Lewandowski, desta forma, a luta contra estas privatizações continua através de todas as medidas cabíveis para anular os efeitos dos leilões.

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