10 de dezembro | Dia Internacional dos Direitos Humanos

Na semana em em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, podemos concluir que o Brasil retrocede a olhos vistos na agenda civilizatória. Desde que assumiu o governo, Jair Bolsonaro pouco fez pelo tema, muito pelo contrário, segue atacando entidades, instituições, defensores e leis, mesmo quando diz que apoia. É o caso da recente proposta que desobriga empresas a contratarem pessoas com deficiência, pauta que ele abraçou ainda no discurso de posse, ao lado da esposa, que traduzia suas promessas para Libras.

O caso é tão grave que um relatório do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para violações dos direitos humanos no Brasil. O documento apontou problemas em diversos tópicos, sendo os mais críticos a violência, a liberdade de expressão, e o direito das mulheres, dos refugiados e da comunidade LGBT. Nesse cenário, o Brasil tem abandonado a cooperação internacional, segundo a entidade.

O presidente Jair Bolsonaro está “atacando frontalmente” os direitos humanos no Brasil, denunciou o diretor da ONG Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth. Para ele, o presidente estimula a polícia a usar a força letal sem justificativa adequada; tem tentado enfraquecer o poder da sociedade civil e da mídia; ataca os defensores da floresta, dá aval à [exploração de] madeira ilegal na Amazônia e mina os esforços para combater a tortura.

“Um presidente, somente porque foi eleito, não está acima da lei. Muitos autocratas no mundo tentam se colocar acima da lei. É assim que emerge um governo autoritário, assim que são gerados esses tipos de ditaduras eleitas”, alertou. Mensagens de intolerância e ódio são espalhadas por pessoas que buscam o poder, utilizando lógica enviesada e falsas promessas, fabricando flagrantes mentiras.

Aos poucos, esta nociva onda de ódio está crescendo e princípios vitais que protegem a paz nas sociedades estão sendo varridos. É preciso impor limites. Onde houver discriminação, é preciso se manifestar para ajudar a garantir o direito de alguém de viver sem medo ou abuso.

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