SGD para quê?
Ferramenta meritocrática e predatória prejudica chefes de setor e outros
Ainda que seja uma ferramenta de gestão que se proponha a um caráter meritocrático e um tanto predatório das relações de trabalho, o SGD continua sendo uma ferramenta de gestão. E, como tal, deveria ser tratado, haja vista a decisão da Gestão da Eletrosul em implantá-lo ou continuá-lo em uso.
A realidade vivenciada, no entanto, demonstra um uso inadequado da ferramenta. Não fosse a utilização persecutória e revanchista por parte de alguns gerentes despreparados ao avaliar seus subordinados, distante de um fazer justo e isento por parte desses gerentes, ainda há um outro problema que há anos (ou ciclos de SGD) permanece: a inexistência de uma forma de avaliação adequada dos chefes de setor na Eletrosul. Avaliado pelos trabalhadores e trabalhadoras de seu setor, o chefe de setor, de salário menor do que gerentes de divisão ou departamento, acaba injustamente sendo o único avaliado por esses trabalhadores dentro de sua área.
Ou seja, aos trabalhadores, nesse caso, não é permitido avaliar gerentes de departamento ou divisão que, para piorar, são avaliados única e respectivamente pelo imediato gerente de divisão e pelo malfadado chefe de setor. É preciso lembrar que, dentre os três, o chefe de setor é o que percebe menor remuneração e, muitas vezes, sem a correspondente redução de carga de trabalho ou responsabilidade em relação aos demais, que adviria de uma adequada divisão do trabalho.
Se o SGD é uma ferramenta imprescindível à Gestão da Eletrosul, é necessário urgentemente, tendo em vista o início já divulgado de um novo ciclo, corrigir o tratamento dado pela Gestão ao mesmo.