Incorporação pela GCTEE pode ser a extinção da Eletrosul

Sindicatos da Intersul mobilizam poder público e classe política em defesa da Empresa em Santa Catarina

As entidades que compõem a Intersul, protocolaram na última semana uma representação no Ministério Público Federal de Santa Catarina solicitando abertura de inquérito que poderá resultar numa ação civil pública para questionar a incorporação da Eletrosul pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), de Candiota, Rio Grande do Sul. Para os sindicatos da Intersul, o processo de incorporação, da forma como vem sendo anunciada, caracteriza a extinção da Eletrosul.

Por diversas vezes, por meio de correspondências oficiais da Intersul, e também do Sinergia, na qualidade de acionista minoritário da Eletrosul, a empresa foi questionada sobre os estudos e outras informações que justifiquem a incorporação, mas nenhuma resposta concreta foi dada pela Eletrosul, que se limitou a afirmar de maneira  genérica  que a solução de incorporação adotada  é uma estratégia de gestão da Eletrobras e que a empresa resultante da incorporação será uma empresa mais forte mais lucrativa.

Por outro lado, os trabalhadores da Eletrosul, permanecem sem informações convincentes por parte da empresa, de que a extinção da Eletrosul com a incorporação pela CGTEE seja uma operação adequada e segura. Além disso, não ficam claros no processo os impactos ou eventuais prejuízos dos empregados quanto a seus empregos e relações de trabalho. A expectativa dos sindicatos da Intersul, é que a representação no Ministério Público propicie à sociedade catarinense tomar conhecimento das consequências que possam advir deste processo de incorporação da maior Estatal Catarinense por uma pequena empresa de Geração Térmica com sede no Rio Grande do Sul, ambas subsidiárias da Eletrobras.

Tais consequências podem abranger além dos impactos diretos sobre os empregados, outros impactos relativos a programas sociais desenvolvidos atualmente pela Eletrosul e até mesmo a arrecadação de tributos em Santa Catarina. A sociedade catarinense merece ser informada e o poder público deve olhar atentamente para este processo. Além da esfera jurídica, a Intersul  também tem buscado mobilizar a classe política de Santa Catarina para debater publicamente esta questão.

*Já foram realizadas reuniões com  Senadores, Deputados Federais e Estaduais. O Presidente da Alesc, Dep. Júlio Garcia demonstrou preocupação com o assunto. Nesta terça 02/04, a Dep. Luciane Carminatti protocolou a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul na Alesc, e busca agora a realização de Audiência Pública sobre o assunto. Está buscando também o envolvimento do governador de SC, para alertar sobre os impactos na economia catarinense.

A expectativa dos sindicatos da Intersul, é que a representação no Ministério Público propicie à sociedade catarinense tomar conhecimento das consequências que possam advir deste processo de incorporação da maior Estatal Catarinense por uma pequena empresa de Geração Térmica.

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